A expansão fora do território da Península Itálica teve início com as Guerras Púnicas contra Cartago, cidade-estado fenícia localizada no Norte da África, que por volta do século III a.C. dominava o comércio do Mediterrâneo. Os ricos comerciantes cartagineses possuíam diversas colônias na Sicília, Sardenha, Córsega, Península Ibérica e em toda costa do norte de África. Os conflitos entre Roma e Cartago iniciaram-se a partir da expansão romana pelo sul da Península Itálica. O motivo da guerra foi o choque entre o expansionismo romano e o cartaginês. Quando Roma juntou os portos do Sul da península e os interesses de Nápoles e Tarento tornaram-se interesses romanos, a guerra passou a ser inevitável. Era quase certo que Roma, como líder dos gregos ocidentais, iria intervir na luta civil entre sicilianos e cartagineses. As forças das duas potências eram bastante equilibradas, pois o poderio de ambas era sustentado por uma comunidade de cidadãos e por um poderoso exército, fortalecido por aliados em caso de guerra. Nas três Guerras Púnicas (264 a 146 a.C.), os romanos venceram os cartagineses. Dominaram a Sicília, a Córsega e a Sardenha, além da Península Ibérica, que foi totalmente submetida a Roma após a total submissão dos celtiberos, habitantes da península, em 133 a.C. A Lusitânia foi dominada em 140 a.C., quando os lusitanos, liderados pelo pastor Viriato (que foi morto à traição), foram vencidos pelas tropas romanas. Parte do Norte da África também foi subjugado pelos Romanos, a partir da queda e destruição de Cartago, em 146 a.C. Todo o mediterrâneo ocidental passou para o domínio romano.

 

     A crise da República romana teve início quando o Senado romano  passou a ter seu poder desafiado pelo poderio militar de alguns generais. Pode-se afirmar que um dos momentos mais críticos da República Romana até o primeiro triunvirato teria sido a ditadura de Sila, o qual chegou a marchar com seu exército sobre Roma. Desde o fim das Guerras Púnicas, o cargo de ditador romano havia abolido por ser considerado perigoso conceder a um único homem tanto poder. Porém, o cargo foi reintroduzido em 81 a.C. por Sila, no fim da guerra civil com o feito de armas de Gaius Marius. Neste período turbulento floresceu um dos mais importantes filósofos e políticos de toda a História de Roma: Marco Túlio Cícero. Cícero  foi um dos grandes defensores da República e escreveu tanto tratados políticos quanto filosóficos.

 

                                                                                                                                                                                       Página anterior